Vale S.A. (VALE3) divulga resultados do 4T24 e o acumulado de 2024

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2025 – A Vale S.A. divulgou os resultados financeiros e operacionais do quarto trimestre de 2024 (4T24) e do ano completo, destacando recordes de produção e avanços estratégicos, apesar da queda no lucro líquido e desafios relacionados ao preço do minério de ferro.

Desempenho Financeiro:

A mineradora alcançou sua maior produção de minério de ferro desde 2018 e registrou um recorde de produção de cobre na unidade de Salobo. O custo caixa C1 de finos de minério de ferro atingiu US$ 18,8/t no 4T24, o menor desde o primeiro trimestre de 2022. No acumulado do ano, o C1 ficou no limite inferior do guidance, em US$ 21,8/t.

A receita líquida da empresa no 4T24 atingiu US$ 10,124 bilhões, representando uma queda de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2024, a receita totalizou US$ 38,056 bilhões, 9% abaixo do ano anterior.

O EBITDA ajustado foi de US$ 3,794 bilhões no 4T24, uma diminuição de 41% em comparação com o 4T23. No ano de 2024, o EBITDA ajustado somou US$ 14,840 bilhões, 20% inferior ao ano anterior.

O lucro líquido atribuível aos acionistas da Vale no 4T24 foi de US$ -694 milhões, impactado principalmente pelo reconhecimento de impairment de ativos da Vale Base Metals (VBM). No acumulado de 2024, o lucro líquido foi de US$ 6,166 bilhões, 23% abaixo do ano anterior.

O fluxo de caixa livre recorrente no 4T24 foi de US$ 817 milhões, 73% menor que no 4T23. No ano de 2024, o fluxo de caixa livre recorrente totalizou US$ 3,710 bilhões, 57% abaixo do ano anterior.

A dívida líquida expandida da Vale encerrou o ano de 2024 em US$ 16,466 bilhões, um aumento de 2% em relação ao ano anterior.

Destaques Operacionais:

  • A produção de minério de ferro no 4T24 foi de 81,196 milhões de toneladas, 10% abaixo do 4T23. No acumulado de 2024, a produção totalizou 306,652 milhões de toneladas, 2% acima do ano anterior.
  • O custo caixa C1 do minério de ferro no 4T24 foi de US$ 18,8 por tonelada, o menor nível desde o 1T22. No acumulado de 2024, o custo caixa C1 foi de US$ 21,8 por tonelada, 2% abaixo do ano anterior.
  • A produção de níquel no 4T24 foi de 55,000 toneladas, 64% abaixo do 4T23. No acumulado de 2024, a produção totalizou 114,000 toneladas, 87% abaixo do ano anterior.
  • A produção de cobre no 4T24 foi de 526,000 toneladas, 40% acima do 4T23. No acumulado de 2024, a produção totalizou 1,521,000 toneladas, 38% acima do ano anterior.

Outros Destaques:

  • A Vale aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio no valor de US$ 1,984 bilhão, a ser pago em março de 2025.
  • A empresa renovou seu programa de recompra de ações por 18 meses, com um limite de 120 milhões de ações.
  • A Vale lançou o Programa Novo Carajás, visando expandir suas operações na região.
  • A Vale Base Metals iniciou uma revisão estratégica de suas operações de níquel em Thompson, Canadá.
  • A Vale concluiu a descaracterização de mais uma barragem em Minas Gerais, totalizando 17 estruturas descaracterizadas desde 2019.
  • A empresa celebrou um acordo de reparação com o governo brasileiro e autoridades de Minas Gerais e Espírito Santo, no valor de R$ 170 bilhões, relacionado ao desastre de Mariana.

Os resultados da Vale no 4T24 e no acumulado de 2024 foram impactados principalmente pela queda nos preços do minério de ferro e pela menor produção de níquel. No entanto, a empresa apresentou avanços importantes em seus projetos de expansão, na descaracterização de barragens e na reparação dos danos causados pelos desastres de Mariana e Brumadinho.

A Vale também demonstrou compromisso com a remuneração dos acionistas, com a aprovação de dividendos e a renovação do programa de recompra de ações. Além disso, a empresa segue com a sua estratégia de focar na produção de minerais para a transição energética, como cobre e níquel, visando um futuro mais sustentável.

Perspectivas:

A Vale iniciou 2025 com otimismo, esperando atingir suas metas anuais e avançar em suas prioridades estratégicas. A empresa espera se beneficiar da recuperação dos preços do minério de ferro e do aumento da demanda por minerais para a transição energética. No entanto, a Vale também enfrenta desafios, como a necessidade de controlar custos e de lidar com os riscos regulatórios e socioambientais.

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